sexta-feira, 27 de maio de 2011

‘’Defeitos, com muito orgulho’’

Há quem diga que falar de si é mais difícil do que fazer a descrição de uma agulha, embora concorde que é complicado, não vejo pessoa melhor do que nós mesmos para se conhecer tanto a ponto de conseguir se descrever, criticar e avaliar.

Nós sabemos nossos pontos fracos e fortes, nossos limites, confusões, sentimentos e personalidade. Difícil não é conseguir falar sobre isso para os demais e sim convencê-los que por mais que tenhamos nossos defeitos, temos lá nossas qualidades.
Não quero que me moldem por aí, criando suas próprias certezas de que me conhecem mais do que eu própria. Não quero que apontem os meus defeitos querendo me convencer de que eles são suficientes para eu não ser boa. Não quero e não deixo! Posso ser chamada de ‘’cabeça-dura’’, e deixo até acreditarem que olho só pro meu umbigo, mas deixo bem claro que só eu tenho o poder de denominar quem eu sou.
Seu eu mesma tenho inúmeras interrogações sobre a minha pessoa, quem é você pra dizer quem eu sou? Eu sou algo que você pensa que sabe e conhece, mas na verdade nunca saberá. Não é porque me escondo do meu verdadeiro eu, mas é porque ele ainda está sendo desenhado.
Meus defeitos são muitos, e de verdade, tem vezes que eles nem me incomodam tanto assim. E quando eles incomodam aos outros e a mim, eu finjo que não está. Finjo que não são defeitos. Tento escondê-los e às vezes não é possível.
Não é que não assumo quando erro. Assumo sim, mas meus erros não andam sozinhos, e os seus também não. Basta você aprender a dizer isso para as pessoas. Não é que eu invento desculpa para tudo, é que tenho os meus argumentos, sempre. E você por mais que não saiba usá-los, também tem os seus.
Minhas qualidades são pouco notadas, pelo menos, menos que deveriam. E quando elas são tão notadas a ponto de eu viver de elogios, me incomodo. Desacredito nelas.
Sou muitas em uma, sou várias e chego a ser nenhuma. Estou rindo, mas não estou feliz, estou séria e estou morrendo de alegria. E se você perguntar o porquê de eu não me doar mais e me mostrar, a resposta é simples, não vale a pena. Se você me ama ou me odeia, tem lá os seus motivos, e por mais que eu tentasse mudar isso iria ser inútil. Não precisamos de motivos para amar/odiar alguém, meu santo não bate com o de muita gente por aí e a culpa nem deve ser dos próprios.
Sou irritante, mas sou amada. Sou grosseira, mas sou amada. Sou inconveniente, mas sou amada. Sou burra, mas sou amada. Sou chata, mas sou amada. Sou infantil, mas sou amada. Sou um monte de defeitos reunidos, e sou muito amada.
Até por que... ‘’ Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. ’’

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